Novos bombardeios em instalações nucleares, infraestrutura energética e cidades elevam o temor de conflito regional
Na última semana, a tensão entre Israel e Irã atingiu um ponto crítico com a Operação Leão em Ascensão, nome da ofensiva israelense iniciada em 13 de junho. Com mais de 200 aviões e drones, Israel lançou ataques coordenados contra instalações nucleares (Natanz, Fordow, Isfahan e Arak), complexos militares e residências de comandantes iranianos, incluindo altos oficiais da Guarda Revolucionária e cientistas nucleares — dezenas de mortos, entre civis e militares.
Em retaliação, o Irã lançou sua Operação Promessa Verdadeira III, mobilizando mais de 150 mísseis balísticos e cerca de 100 drones contra cidades israelenses como Tel Aviv, Jerusalém, Haifa e Galileia. Houve mortes e feridos civis, além do fechamento do espaço aéreo, abrigos ativados e danos em infraestrutura estratégica.
Israel também ampliou o alvo ao campo de gás South Pars e refinarias iranianas, causando explosões que interromperam a produção energética no Irã — principal entrada de divisas do país — potencialmente impactando os mercados globais de petróleo e gás.
As reações internacionais foram imediatas: cancelamento das negociações nucleares EUA‑Irã em Omã, apelos da ONU por contenção e preocupação de potências como EUA, Reino Unido, França, China e Rússia com o futuro da estabilidade regional.
🛑 Risco de escalada: com ataques diretos entre os dois países, é a maior confrontação militar desde a guerra Irã–Iraque (1980–88). O envolvimento indireto de potências globais e o impacto econômico tornam o cenário ainda mais delicado.
O que observar nos próximos dias:
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Nova rodada de retaliações militares ou uso de aliados regionais (Hezbollah, Hutis, etc.).
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Movimentações diplomáticas – será que a mediação internacional (ONU, Rússia, EUA) conterá a escalada?
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Impacto no mercado energético global – aumentos no preço do petróleo e medo de interrupções no estreito de Ormuz.
Da Redação do Mais55