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Religião no Brasil: católicos caem abaixo de 60% pela 1ª vez e evangélicos avançam rumo à maioria

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Hoje, 56,7% dos brasileiros se declaram católicos, o menor índice já registrado

O Brasil está passando por uma transformação silenciosa — e profunda — no campo religioso. Segundo os novos dados do Censo 2022, divulgados pelo IBGE, pela primeira vez desde 1872 os católicos representam menos de 60% da população brasileira. Hoje, 56,7% dos brasileiros se declaram católicos, o menor índice já registrado.

Há apenas uma década, esse número era de 64,6%. Ou seja: em dez anos, o catolicismo perdeu mais de 8 pontos percentuais, confirmando um movimento de queda contínua que vem se acentuando desde os anos 1970.

A ascensão evangélica

Na direção oposta, o crescimento dos evangélicos é cada vez mais evidente. Agora, 26,9% da população brasileira se identifica com alguma vertente evangélica — o equivalente a 47,4 milhões de pessoas.

Esse avanço tem raízes nas periferias urbanas, entre os jovens e nas regiões Norte e Centro-Oeste. Estudos de projeção indicam que, mantido esse ritmo, os evangélicos devem se tornar maioria até 2049.

“Estamos vendo uma mudança estrutural no perfil religioso do Brasil, com implicações culturais, políticas e sociais cada vez mais visíveis”, afirma a antropóloga Regina Novaes, especialista em juventude e religião.

O crescimento do “sem religião”

Outro dado que chama atenção é o crescimento dos brasileiros que se declaram “sem religião”, grupo que saltou de 7,9% para 9,3% da população em uma década — totalizando 16,4 milhões de pessoas.

A maioria desse grupo é composta por homens (56,2%) e pessoas com maior escolaridade nas regiões Sul e Sudeste. Importante destacar que “sem religião” não significa, necessariamente, ateísmo: muitos se dizem espiritualizados, mas fora de instituições religiosas.

Pluralidade em expansão

Também houve crescimento das religiões afro-brasileiras, como o Candomblé e a Umbanda, embora ainda representem fatia pequena da população (menos de 1%). O mesmo ocorre com tradições orientais, espiritualistas e indígenas.

Com isso, o Brasil segue sendo um dos países mais religiosos do mundo, mas agora com um mapa de crenças mais fragmentado e diverso.

Impactos e mudanças no cenário nacional

Essa reorganização da fé no país não é só estatística. Ela já influencia:

  • Eleições e política, com forte presença evangélica no Congresso e nos palanques;

  • Comportamento social, com pautas morais, costumes e visibilidade religiosa nos espaços públicos;

  • Meios de comunicação, com expansão de rádios, canais e redes sociais de perfil evangélico;

  • Relações institucionais, como o papel da CNBB, que perde protagonismo político e social.


O que dizem os dados do Censo 2022:

  • Católicos: 56,7% (queda de 8% em 10 anos)

  • Evangélicos: 26,9% (em alta constante)

  • Sem religião: 9,3% (16,4 milhões de brasileiros)

  • Umbanda, Candomblé e outras: <1%

  • Maioria “sem religião” são homens (56,2%)


Um Brasil mais religioso — e mais plural

O retrato que o novo Censo desenha é o de um país que continua profundamente religioso, mas onde as crenças se diversificam, se descentralizam e se organizam de novas formas.

Se antes a hegemonia católica moldava costumes, símbolos e até leis, hoje há uma disputa aberta por espaço, narrativa e influência. A fé segue sendo um dos pilares da identidade brasileira — mas agora com muitos sotaques, templos, ritmos e interpretações.

Da Redação do Mais55

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