Rio de Janeiro, 15 de maio de 2025 — A Justiça do Rio de Janeiro determinou nesta quinta-feira o afastamento de Ednaldo Rodrigues da presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A decisão foi motivada por suspeitas de irregularidades em um acordo firmado em janeiro deste ano, que validava a eleição de Ednaldo em 2022.
Suspeita de falsificação e incapacidade mental
O cerne da decisão judicial está na assinatura do ex-presidente da CBF, Coronel Antônio Carlos Nunes de Lima, no referido acordo. Há dúvidas sobre a autenticidade da assinatura, uma vez que o Coronel Nunes, octogenário, estava em tratamento contra um câncer no cérebro na época da assinatura. O desembargador responsável pelo caso declarou o acordo nulo, citando “incapacidade mental e possível falsificação da assinatura de um dos signatários” .
Reações e contexto político
Ednaldo Rodrigues, que estava em Assunção para o Congresso da FIFA, afirmou não temer a decisão judicial e defendeu a legitimidade do acordo questionado. Ele ressaltou que não há o que temer em relação à assinatura do Coronel Nunes .
A decisão ocorre em meio a um ambiente político conturbado na CBF. Recentemente, o vice-presidente da entidade, Fernando Sarney, entrou com ação na Justiça pedindo o afastamento de Ednaldo e intervenção na CBF. Sarney alega que a contratação do técnico Carlo Ancelotti foi usada para “emparedar” a Justiça e manter Ednaldo no cargo .
Próximos passos
Com o afastamento de Ednaldo Rodrigues, a CBF enfrenta mais um capítulo de instabilidade em sua liderança. Ainda não foi definido quem assumirá interinamente a presidência da entidade. A decisão judicial reacende debates sobre a governança e transparência na administração do futebol brasileiro.
Da Redação do Mais55