A nova ofensiva de Trump veio após Powell criticar publicamente o tarifaço anunciado pelo presidente, alegando que as medidas podem dificultar o controle da inflação
You’re fired. A famosa frase de Donald Trump pode estar prestes a ser utilizada no principal órgão econômico dos EUA. O presidente americano voltou à carga contra o chefe do Federal Reserve, Jerome Powell — desta vez, insinuando que estuda uma forma de tirá-lo do cargo.
O problema é que o presidente dos EUA não tem poder direto para demitir o chefe do Fed, a menos que comprove alguma irregularidade grave — ou seja, uma situação que justifique demissão por justa causa.
O Fed é o banco central mais poderoso do mundo e, por isso, tem independência garantida por lei para tomar decisões econômicas sem interferência política.
- Em comparação, o Banco Central no Brasil passou a ter autonomia política somente em 2021.
Mas essa autonomia está sendo testada. Trump, que nomeou Powell em 2018 e desde então alterna entre críticas e elogios ao economista, agora o acusa de “fazer política” por não cortar os juros como ele gostaria.
A nova ofensiva de Trump veio após Powell criticar publicamente o tarifaço anunciado pelo presidente, alegando que as medidas podem dificultar o controle da inflação.
Em resposta, Trump afirmou que, se quiser, “ele (Powell) estará fora de lá bem rápido”.
O risco de interferência política levanta preocupações entre investidores. A credibilidade do Fed é um pilar da confiança na economia global — e qualquer sinal de ingerência pode gerar turbulência nos mercados.
👀 Pra ficar de olho: O tema promete dominar as discussões no encontro anual do FMI e Banco Mundial, que acontece na próxima semana, nos EUA — justamente o país onde o futuro do banco central virou disputa política.
Da Redação do Mais55/Com informações do The News