Um grande problema do país hoje é ter seus 107 milhões de habitantes altamente concentrados em alguns poucos locais. Para se ter uma ideia, 97% da população vive em apenas 4% do território
O Egito decidiu resolver seus problemas urbanos com uma solução ambiciosa: criar cidades do zero no meio do deserto. Já são mais de 40, incluindo uma nova capital com prédios monumentais. Mas tem um detalhe curioso: quase ninguém mora lá.
Voltando um pouco: Um grande problema do país hoje é ter seus 107 milhões de habitantes altamente concentrados em alguns poucos locais. Para se ter uma ideia, 97% da população vive em apenas 4% do território.
A nova capital, a 60 km do centro do Cairo, tem a maior catedral do Oriente Médio, a torre mais alta da África e até vila olímpica. Mas falta o essencial: gente.
O movimento tem alguma semelhança com o realizado nos anos 50 por aqui, na mudança da capital para Brasília — que teve como um dos motivos “povoar o interior do país”.
Os motivos são claros. Apartamentos caros, que cerca de 80% da população não conseguem custear. Os resultados são ruas vazias, com a ocupação não passando de 30% em muitos desses centros novos.
🍒 A cereja do bolo: O projeto custou mais de US$ 58 bilhões até agora, sendo US$ 10 bi em 2023 somente para “acelerar” as obras. Por enquanto, esses megacentros seguem como “vitrines sem público”.
Curiosidade: Na Itália, o governo tem tentado povoar antigos vilarejos quase vazios, oferecendo até € 100 mil para quem topar reformar e viver por 10 anos em, por exemplo, casas abandonadas nos Alpes.
Da Redação do Mais55/Com informações do The News