Cerimônia de aposentadoria dos heróis de quatro patas ocorreu no Batalhão da Guarda Presidencial (BGP), em Brasília (DF)
O Batalhão da Guarda Presidencial (BGP) – unidade do Exército Brasileiro em Brasília (DF) – foi palco, nesta quarta-feira (29/1), de uma emocionante cerimônia em homenagem aos cães policiais que dedicaram anos de serviço à segurança pública.
O evento marcou a aposentadoria oficial de 24 cachorros que atuaram em atividades como operações de monitoramento, buscas por entorpecentes e detecção de explosivos.
Os cães eram integrantes de oito instituições que participaram do evento, entre elas organizações militares das Forças Armadas, órgãos de segurança pública federais e estaduais, além do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
Os cães, que atuaram ao lado dos respectivos condutores em diversas missões, foram agraciados com medalhas de honra e mérito entregues pelo general Ricardo Carmona, do Comando Militar do Planalto (CMP).
Além disso, os cachorros foram apresentados aos novos tutores. Cada órgão ficou responsável pela doação dos animais aposentados, que, na maioria das vezes, são adotados pelos militares que trabalharam diretamente com eles.
Treinados desde cedo, os cães policiais têm estimativa de aposentadoria entre os 7 e 8 anos. Em alguns casos, eles podem deixar a rotina antes desse tempo, devido às atividades exaustivas, que podem gerar lesões ou causar doenças ao longo do tempo.
Da raça dobermann pinscher, Ravena foi diagnosticada com a síndrome de Wobbler – semelhante a uma hérnia de disco no pescoço – e adotada pelo instrutor dela, o cabo Rubens Rochedo, do BGP, aos 6 anos.
A cadela chegou ao quartel com 3 meses e trabalhou ao lado do militar durante toda a vida. “Como parte do trabalho envolve o uso de coleira, e fazemos força no pescoço do cão, achamos melhor liberá-la, para não agravar a doença dela”, detalhou.
Apesar de ser uma cachorra de proteção, Ravena sempre teve um vínculo forte com o condutor e o tratou de forma dócil. “Nossa relação, desde o começo, foi ótima. Estando em qualquer lugar, ela sempre deita a meu lado e pede carinho. Com o tempo, meu amor por ela só aumentou”, contou Rochedo.
Os cães policiais aposentados passam, agora, a viver em lares adotivos. A iniciativa visa reforçar a valorização dos serviços prestados por eles e reafirmar o compromisso com o respeito e o cuidado animal, segundo divulgou o batalhão.
Foto: Hugo Barreto/Metrópoles (@hugobarretophoto)
Da Redação do Mais55/Com informações do Metrópoles