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Como gestos entendidos como de facções estão causando mortes no Brasil

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Casos recentes de assassinatos no Ceará e em Mato Grosso que teriam sido motivados por sinais relacionados a facções levantam alerta no país.

A guerra entre facções criminosas tem vitimado inocentes no Brasil por motivos banais, como gestos feitos com a mão em fotos publicadas na internet. Casos recentes de assassinatos que teriam sido motivados por sinais com os dedos, interpretados como símbolos de grupos rivais, levantam um alerta no país.

A depender do lugar onde a pessoa está, mesmo em viagens, é importante adotar alguns cuidados. Na madrugada do último dia 17, por exemplo, o turista adolescente Henrique Marques de Jesus, de 16 anos, foi sequestrado, agredido e morto por um grupo de traficantes de Jericoacoara (CE). O corpo dele foi encontrado no dia seguinte, em um ponto afastado do centro da vila turística mundialmente famosa.

Pai do menor, o empreiteiro de obras Danilo Martins de Jesus, de 33 anos, que viajava com o filho, acredita que o motivo tenha sido o gesto com a mão que Henrique costumava fazer em fotos publicadas por ele nas redes sociais. O sinal de “três dedos” é associado, no mundo do crime, à facção Primeiro Comando da Capital (PCC) e aos demais grupos aliados.

A família é de Bertioga (SP), no litoral paulista. O pai conta que sinais do tipo, sejam de dois ou três dedos, são comuns entre os jovens da cidade e que eles não têm relação com facção alguma. “Meu filho não é bandido. Todo o pessoal daqui faz aquele gesto. Para nós, aqui, não tem isso de facção, não”, diz ele.

Irmãs assassinadas em Mato Grosso

Caso semelhante ocorreu em setembro deste ano em Porto Esperidião (MT), cidade do sudoeste mato-grossense e próxima à fronteira com a Bolívia. A então candidata a vereadora Rayane Alves Porto, de 25 anos, e a irmã dela, Rithiele Alves Porto, 28, foram torturadas e brutalmente assassinadas a mando de um líder do Comando Vermelho, que ordenou o crime de dentro da prisão.

O motivo, segundo a investigação, teria sido a interpretação dos sinais com a mão feitos por elas em fotos tiradas em momento de lazer com a família e publicadas nas redes sociais. Assim como Henrique em Jericoacoara, as irmãs fizeram gestos de “três dedos”, mas semelhantes ao símbolo do rock, e isso teria sido suficiente para a decretação das mortes de ambas.

Apesar de dominada pelo Comando Vermelho, a região vive cenário de constante disputa entre integrantes de facções rivais. Rayane, Rithiele, um irmão delas e outros dois rapazes foram abordados por um grupo de faccionados durante uma festa na cidade, na noite de 14 de setembro, e levados para uma casa alugada dias antes. Elas tiveram dedos e cabelos cortados antes de serem executadas.

O irmão teve uma orelha cortada. Um dos rapazes, que era namorado de Rithiele, conseguiu fugir em busca de ajuda e outro saiu ileso. O caso teve grande repercussão em Mato Grosso. Conforme indicam os depoimentos dos presos, o líder que teria ordenado o crime acompanhou a execução por chamada de vídeo, de dentro da Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá (MT).

Agrônomo foi assassinado em 2022

O duplo assassinato, no entanto, não foi o único crime motivado por sinais com as mãos em Mato Grosso. Dois anos antes, na cidade de Diamantino (MT), a 181 quilômetros da capital, o engenheiro agrônomo Jonatan Roberto Garcia Parpinelli, de 36 anos, foi morto a tiros por um integrante do Comando Vermelho, após tirar uma foto na qual ele aparece mostrando “três dedos” durante uma festa.

O caso ocorreu na noite de 15 de agosto de 2022. Jonatan e amigos estavam em uma festa no Parque de Exposições da cidade. À época, testemunhas disseram que, quando determinada música começou a tocar, o grupo teria feito um sinal com a mão e tirado fotos no local. Na mesma hora, faccionados do CV foram até eles, questionaram se eram do PCC e perguntaram: “Querem perder a cabeça aqui?”.

A abordagem foi suficiente para gerar uma briga generalizada, que resultou na morte do agrônomo na área externa do evento. Jonatan foi assassinado com três tiros na região do tórax. Ele morava em Diamantino havia poucos meses. A investigação da Polícia Civil de Mato Grosso constatou que ele não tinha ligação com facção.

Da Redação do Mais55/*Com informações do Metrópoles

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