A capital federal também conta com o maior número de médicos intensivistas por habitante, o que auxilia na redução do tempo de internação e em melhores desfechos de casos críticos
“Sou um milagre vivo. Se não fosse a Unidade de Terapia Intensiva, os médicos e Deus, eu não estaria aqui para contar a minha história. Foi um caso muito grave, e a UTI foi essencial.” A declaração é da empresária Milena Hirle, 40 anos, que ficou 14 dias internada na UTI do Hospital Materno Infantil (Hmib), na Asa Sul, depois de sofrer uma hemorragia interna após o parto da filha Melinda, há cinco meses, no Hospital Regional de Sobradinho (HRS).
De acordo com ela, o tempo entre a solicitação da UTI e a liberação do leito foi menor do que meia hora. Além da agilidade de atendimento, Milena aponta a qualidade da equipe médica como o diferencial para que ela tenha saído com vida do hospital. “Quando cheguei à UTI do Hmib, eles fizeram os exames necessários e uma junta médica resolveu fazer a retirada do útero. Se não fosse a UTI, eu teria morrido, porque foram os médicos de lá que identificaram a necessidade da cirurgia”, conta.
A sensação é parecida para o comerciante William Pereira Nascimento, 37 anos, que viu a filha Melinda ficar 33 dias na UTI neonatal do Hospital de Sobradinho (HRS). Prematura de 35 semanas, a bebê deu entrada na unidade com a respiração fraca e ofegante. “Em menos de meia hora minha filha já estava na UTI. Foram feitos todos os parâmetros e ligados todos os equipamentos”, lembra.
Para o pai, o nível de atenção dentro da unidade foi o que garantiu a melhora da bebê. “A atenção em uma UTI neonatal é essencial, pois, diferentemente de um adulto, o bebê não fala. Ou seja, ele precisa de atenção 24 horas. Sempre tinha profissionais e equipamentos excelentes à disposição da minha filha. Se não fosse a ajuda das médicas e das enfermeiras, ela não estaria em casa. No terceiro dia de UTI, minha filha estava praticamente desfalecida, e hoje ela está aqui com a gente, firme e forte”, diz William, entre lágrimas.
Segundo ele, a qualidade dos profissionais é o grande diferencial dos bons resultados da terapia intensiva. “São profissionais especializados e capacitados para o atendimento de pacientes críticos e graves, porque não adianta ter máquinas de alta tecnologia se os profissionais não são hábeis para lidar com elas, para que se tenha um desfecho seguro dos pacientes”, explica.
A maior concentração de médicos intensivistas é outro fator relevante para a melhor assistência. “Isso é muito importante, porque significa um maior acolhimento de pacientes que necessitam de unidades críticas. A média de ocupação de um leito de UTI é acima de dez dias. Quando você tem profissionais capacitados e habilitados, você reduz essa média para seis dias. Com isso, você praticamente dobra o número de leitos e consegue dar uma melhor assistência e desfecho aos assistidos”, avalia Marcelo Maia.
Da Redação Mais55/*Com as informações da Agência Brasília