Agência alerta que 19 municípios podem ser impactados com vazamento do produto químico corrosivo. Número de mortes chega a quatro e ainda há 12 desaparecidos, informa a Defesa Civil
A queda da estrutura da ponte Juscelino Kubitschek, que ligava Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA), ocasionou no vazamento de 76 toneladas de ácido sulfúrico no Rio Tocantins, proveniente dos caminhões que caíram no desabamento da via. As informações foram divulgadas pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) nesta segunda-feira, que alertou as autoridades locais que o escoamento pode impactar até 19 municípios da região. O produto químico é tóxico e corrosivo.
O desabamento aconteceu na tarde do último domingo, e contabiliza quatro mortes, além de 12 pessoas desaparecidas, de acordo com informações divulgadas pelo Corpo de Bombeiros do Tocantins e da Defesa Civil de Estreito (MA) nesta terça-feira. Pelo menos três caminhões, três motos e um carro de passeio caíram no curso d’água. Segundo a ANA, os caminhões transportavam 22 mil litros de defensivos agrícolas e 76 toneladas de ácido sulfúrico. No mesmo dia, a Defesa Civil emitiu um alerta urgente à população das duas cidades na margem do rio, para evitarem qualquer contato com o curso da água.
O órgão federal alertou que 11 cidades do Tocantins e oito do Maranhão podem sofrer impacto com o vazamento. Os municípios no Tocantins são Aguiarnópolis, Carrasco Bonito, Cidelândia, Esperantina, Itaguatins, Maurilândia do Tocantins, Praia Norte, Sampaio, São Miguel do Tocantins, São Sebastião do Tocantins e Tocantinópolis, e no Maranhão são Campestre do Maranhão, Estreito, Governador Edison Lobão, Imperatriz, Porto Franco, Ribamar Fiquene, São Pedro da Água Branca e Vila Nova dos Martírios.
A agência disse ter iniciado a coleta de amostras de qualidade da água do Rio Tocantins em cinco pontos, desde a barragem da usina hidrelétrica de Estreito (TO/MA) até Imperatriz (MA), próximo ao ponto do desabamento da estrutura. A ANA também solicitou apoio à Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB/SP) para análise das amostras coletadas.
“Por precaução, o Maranhão orientou a suspensão de captações de água para abastecimento público nos municípios banhados pelo rio até que determine que a pluma de contaminantes tenha se diluído e não ofereça perigo ao consumo da água”, diz a nota.
O Rio Tocantins é o segundo maior curso d´água do país, considerante vias fluviais que começam e tem fim no território nacional, ficando atrás somente do São Francisco.
Da Redação do Mais55/Com informações do O Globo